sábado, 12 de setembro de 2020

A vida e a pandemia

Olá!

O texto abaixo era para ter sido postado em maio/2020. Por algum motivo, eu não consegui terminar esse texto, não consegui concluir meus pensamentos. 

Deixo assim, o inacabado. Aquilo um tanto quanto inocente, que veio antes de quem eu me tornei, antes do início da última batalha. 

Enjoy. 


Oi, gente!

<<ao som de New Romantics, no repeat>>

Faz tempo que eu não venho aqui falar abertamente o que eu penso. Às vezes é muito chata essa vida de narrador. Toda a história, na minha humilde opinião, deveria seguir os roteiros do Woody Allen, quer dizer, ter a vida interna como protagonista. 
Pois bem, e eis que surge uma pandemia. 

E agora, estamos dentro de um filme de ficção distópico rodado no terceiro mundo, ou seja, sem recursos para os efeitos especiais. Como ao menos 5 pessoas visitam este blog todos os dias, não sei porquê, mas é o que dizem as estatísticas, talvez esse texto gere , em pelo menos 1 das 5, uma reflexão ou um suspiro no meio da multidão. Só aí, eu já fico satisfeita em ter tirado essa "pausa" para dividir essas palavras e compartilhar da experiência de me conectar diretamente com a mente de alguém (vejam que não falei alma, ou será que falei?).

Fato, que esse primeiro alguém com quem obrigatoriamente tive que me conectar, nessa pandemia, fui eu mesma. E esse encontro foi incrível! Parece que a vida (a realidade) é feita em camadas invisíveis, mas que a gente se aprofunda sobrevivendo a cada situação foda que a vida nos apresenta. Eu realmente sinto ter passado de fase, atingido um novo nível, não é exatamente um amadurecimento, mas uma nova forma de ver a vida (e, ao que parece, as formas são infinitas), me sinto forte, me sinto a minha melhor amiga! Sabe o que é fazer uma piadinha mentalmente e rir-se consigo mesmo? 

A gente se preocupa tanto em viver nossas narrativas de nós mesmos, julgamos sermos, não só, nosso melhor juiz como também o do outro, e ficamos presos num eterno julgamento, mais exatamente na fase de apresentação de provas, todas circunstanciais, que se relacionam entre si num círculo vicioso, sem começo ou fim. Cabe ressaltar que as provas circunstanciais apresentam apenas os indícios de verdade e não estão imunes a interpretação enviesada.

E é exatamente aí que jaz o problema. 

Muito (ou toda?) da nossa interpretação, compreensão, opinião, está arraigada na nossa própria experiência de vida dentro de um contexto social, educacional, religioso, moral, afetivo e afins, que nos formam como sujeito. Quem então é o ser humano que habita esse corpo? O que essa mente diz sem todos esses fatores que influenciam o pensamento dito coerente? Conectar-se consigo e com o outro não diz respeito à concordância ou afinidade aos componentes de formação do sujeito ético-moral. Não... não mesmo. Conectar-se consigo e com o outro diz respeito a uma espécie de sentimento. Talvez o sentimento de nos reconhecermos como seres humanos? 





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