sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Once upon a time...

Era uma vez...

uma menina meiga, carinhosa, ingênua, cheia de sonhos, que um dia se perdeu no meio das incertezas e loucuras do mundo.

É como se tudo acontecesse tão rápido que um dia ela acordou e o caos já estava instalado... não tinha mais como voltar atrás... agora era necessário aprender a trazer a ordem ao caos.

A ordem ao caos.

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Cá estou eu, deitada na minha caminha querida, embaixo do edredon, às 12:12pm do dia 31 de dezembro de 2010, escutando Light me up, o cd do The Pretty Reckless Princess e pensando na vida.

Mas que diabos é a vida afinal? Pra que que ela serve?? Eu não consigo achar um sentido para a vida... juro que não consigo... Você pode dizer várias coisas que não vai me convencer de nada... Ser feliz e etc... amar e ser amado.. ser bem sucedido, nada disso compreende o sentido da vida que busco aqui e sobre o qual estou falando...

Meu problema é o seguinte, se viemos do nada e vamos para o nada e a vida na verdade é a exceção deste período em que estamos ou somos o nada do antes e do depois ou o nada quase eterno que um dia virou vida, então o que é a vida?

Quanto tempo eu fui nada para chegar um dia a vir a ser a Sally. E por que eu sou a Sally? Por que eu não sou outra pessoa? O que é que me faz ser a Sally? As experiências da minha alma? Minha pré-disposição biológica? Minha razão?

Queria tanto que alguém tentasse explicar tudo isso sem falar sobre religião, sobre Deus e o primeiro motor... Queria saber por que eu estava no nada e vim a ser ser humano... por que eu não vim ao "mundo" como um leão, um peixe, uma ameba... Não, pois eis que vim como Sally...

Será que existe mesmo alguma coisa como o destino? Maktub? Será que tinha que passar por tudo que passei e estou passando? Será que a minha história tinha que ser exatamente como foi e tem sido? Será que realmente "estava escrito" assim?

Não consigo ser conformista... mas que droga.... que pensamentos mais inúteis no último dia do ano, não é verdade?? Só pra variar, tô buscando mais um desafio mental para me ocupar durante um dia inteiro...

Sabem... é essa merda de ano novo... agora fico pensando se ano que vem vou fazer as mesmas coisas que este ano... A gente sempre fala que o ano seguinte será melhor, mas como é que eu vou saber? Tipo, e se tudo o que eu fizer era para ter sido feito? Eu não vou ter nem como escolher, objetivamente, o que eu poderia fazer... eu faria achando que estava fazendo o melhor, olharia em 2012 as coisas que poderia ter feito diferente em 2011 e perceberia que não conseguiria ter feito diferente... mas que bosta de círculo vicioso dos infernos!

A verdade é que acho que o que aconteceu comigo serviu para me mostrar como eu estava desperdiçando "a vida", perdendo tempo, muito tempo. Porém, agora, tudo que eu quero fazer é meio irracional, é meio que aproveitar ao máximo tudo, tô ficando inconseqüente...

Como eu vou saber se o que eu mudei e o que eu estou fazendo agora é o certo e é diferente do que seria? ôh vontade louca de colocar uma mochila nas costas e sair pelo mundo... buscar viver histórias maravilhosas, conhecer pessoas excepcionais, escrever um livro sobre isso? Ir parar lá na guerra e ajudar as pessoas... fazer alguma coisa....

Mas não... tô aqui em Brasólia... presa a um tratamento... a consultas médicas toda a semana... presa a pessoas.... ao trabalho... então será que isso que a minha vida vai ser? Rotina, dia-a-dia de quinta....

Eu não posso deixar isso acontecer... E agora? O que é a ordem em meio ao caos?


Pessoas, espero que vocês tenham um feliz ano novo e todo aquele blá blá blá de sempre, porque acho que o meu ano vai começar mais complexo do que qualquer outro ano... Meus desafios são enormes...

Foi mal aí... hoje eu estou muito confusa... pra variar... por dentro... não estou muito bem... tô questionando muita coisa... tô meio deprê por várias outras coisas também... às vezes fico até pensando se sou bipolar ou se a minha vida é essa loucura mesmo de altos e baixos de felicidade extrema e tristeza profunda.... como é que pode isso???

Eu sei... tá tudo na minha cabeça... nessa porcaria de mente que comanda o meu corpo... preciso aprender a dominar a minha mente....

Ahhh meu povo... é isso aí... meu ano novo vai ser bom, vou passar com o meu brother, certeza que vai rolar uma experiência com Deus (tudo culminou pra isso... olha só que coisa...), talvez eu esteja precisando de alguma coisa assim... ou talvez eu só precise que a minha psicóloga volte das férias.....

Inté 2011 minha gente!!



Ps: Não posso deixar passar a minha música do momento... pq infelizmente tenho um coração... que é mole, mole, mas mole... e burro, ignorante... mas que enfim, não para de bater...





6 comentários:

  1. Oi querida! Gostei muito deste post de fim/início de ano. Como já sabe, curto muito suas inquietações... Até porque se assemelham e me recordam das minhas próprias! Eu infelizmente (?) não posso dar respostas mas desejo que suas (e nossas) questões sejam respondidas ou, que ao menos, um caminho possa ser indicado e percorrido.

    Certamente existem diversas abordagens a esta questão do sentido, sejam a religiosa ou a biológica, citadas por você, ou uma, digamos, mais existencialista, de que não existe um sentido a priori a ser descoberto mas que é decido e construído pela própria pessoa. Cada uma é capaz de dar um certo ânimo e alívio.

    Seja como for, perguntar e tentar responder é muitíssimo melhor que nem ter perguntas ou inquietações. E que (já disse o grego) uma vida não questionada não vale a pena ser vivida... Eu creio que este sentido é possível de ser encontrado e vivido, depende muito de nossa própria busca e dis-posição!

    Beijos e ótima transição de ano e década a você e todos os seus!

    JH

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  2. Ah, uns pontinhos a mais:
    - Não sei se você é bipolar... mas com certeza é intensa! Use bem isso.
    - (sem querer "demagogizar") veja que mesmo nessa doença já tem um sentido positivo, de parar e pensar que de outro modo talvez não viesse.
    - Essa inquietude e indagação fica muito sexy, ao menos em algumas mulheres... :)

    Seja muito feliz e fique com Deus!

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  3. Sou intensa? Gostei! Hehehehe
    Ano que vem respondo vc, tá rolando uma preguiça básica neste exato momento :P

    Muito obrigada pelos comentários, adorei!

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  4. Acho que não existe ordem e que o caos no fim das contas é o que nos faz caminhar e evoluir. Já pensou que saco seria nascer com uma missão e um sentido já pré definido pra vida?
    Viver só pra cumprir os planos de alguém?
    Talvez se deixar sentir da vida é que seja realmente o sentido da vida. Sair do lugar, sair da rotina, satisfazer curiosidades e vontades, fazer loucuras só pra ver no que vai dar. Enfim, essas coisas que infelizmente, hoje exigem até mesmo um pouco de planejamento, mas que tornam a vida mais interessante.
    Enfim, descobri que a vida é uma só e que como não tenho vocação pra mudar o mundo, vou viver o máximo que puder,
    Pra mim, isso faz todo o sentido.

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  5. Oi Ueverton, mas o que é viver o máximo que puder? É sair com amigos, é ter amigos, é viajar, é casar, é ter filhos é o q? Como vc falou, então o sentido da vida é realmente viver, só viver... não é meio frustrante pra vc não? Pra mim é um pouco... eu queria poder fazer muito mais... queria ter um propósito... talvez esteja fazendo as perguntas erradas... vc tem razão aí... Mas mesmo assim, mesmo vivendo a vida como todos vivem, acaba que é uma mesmice, não é não? Sei lá... eu ando meio cansada pra pensar, sabia? Mas não consigo acreditar que seja só isso... uma coisa só comigo, até meio egoísta.. não é possível...

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  6. Acho que todas essas coisas que você citou fazem parte do que chamo de "viver", porém existe um ingrediente essencial nisso tudo: o prazer.
    Tudo isso precisa te deixar feliz, senão de fato, se torna uma mesmice.
    Da maneira que você diz, eu entendo que pra você, viver teria que ser uma missão, com algo a ser alcançado. Se ter essa missão de vida é o que vai lhe fazer sentido, busque isso e se dedique. Tem gente que quer salvar o mundo, outros as baleias, outros os mais pobres...
    A vida tem um sentido muito amplo e não quer dizer que necessariamente você precisa fazer como todos fazem, mas sim, descobrir aquilo que lhe dá prazer, que lhe faz realizada mesmo que por pouco tempo, e gozar estas coisas.
    Eu francamente não acredito em outras vidas depois dessa e nem em felicidade, por isso acho que justamente por ter apenas uma vida, as coisas precisam valer a pena agora. Amanhã ninguém sabe.

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